domingo, 2 de junho de 2013

Vera
Ler e Escrever: Primeiras Experiências
A partir da leitura dos textos propostos pelo curso, comecei a me lembrar de como me apropriei das habilidades de leitura e escrita a ponto de se tornarem o centro de minha vida. Como diz Danuza Leão “sou uma anarquista mental”, leio tudo que me cai às mãos, não importando o gênero.
Na primeira série, após o término da cartilha, ganhávamos um livro chamado Meninice. Recebê-lo teve para mim um quê de sagrado. Não deixava ninguém pegá-lo, dormia com ele ao lado da cama e em pouco tempo já o havia lido inteiro. No exame final de leitura, que havia nessa época, fui chamada à frente do diretor que abriu aleatoriamente o tal livro e pediu-me para ler o texto “As pedras da minha rua”. Li direitinho, apesar do tremor nas pernas, pois já o havia lido tantas vezes que quase o havia decorado. Tirei a nota máxima e ganhei um abraço do diretor e meu primeiro livro “importante”: Nas terras do rei café. Nunca mais parei de ler.
Junto ao domínio da leitura veio também a vontade de escrever histórias. Quando a professora propunha à classe “Composição à vista de uma gravura”, eu viajava. Unia as minhas vivências aos “sonhos que foram sonhados” por outros e criava histórias mirabolantes que frequentemente eram lidas pela professora para toda a classe. Contar histórias criadas por mim ou lidas em livros de escritores famosos é um hábito que guardo até hoje e posso garantir que meu netinho e meus alunos adoram.

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